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Cresci ouvindo dizer que o Choro ia morrer e não entendia o porquê. Eu era criança e aquele discurso, no cenho franzido e desesperançado de alguém que dava conta desse fim, não fazia sentido. Cercado por músicos, como estive toda a minha infância, em cada cidade que visitava eu via alguém tocando Choro e, em cada roda, eu encontrava esse gênero que todos os que me cercavam já conheciam: o Choro, a nossa manifestação instrumental mais rica; fruto da alma brasileira, popular e erudita. O Choro é soberano para o músico instrumentista brasileiro, não só está vivo como é sempre atual. 

 

Hoje fico tranquilo em acreditar que, enquanto houver um ouvinte atento e músicos exigentes, sempre haverá Choro. Como um ovo, um embrião ou uma semente que não interrompe o ciclo de transformação e renascimento, o Choro continua vivo e sempre se refaz sem concessões a modismos. Como parte de um longo ciclo musical brasileiro, aqui estamos continuando esse percurso: um Regional de Choro, no ano de 2017, inspirado naqueles que, por um bom tempo, foram o alicerce das rádios brasileiras.

TUDO NOVAMENTE! 

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